A ordem natural é um princípio da economia clássica, introduzido pelos fisiocratas, que postula que os fenômenos da vida econômica são regidos por leis universais e imutáveis, que são harmoniosas e benéficas por si mesmas. De acordo com esse princípio, a ordem natural atua como reguladora dos mecanismos de mercado, e não há necessidade de intervenção humana para corrigir desequilíbrios econômicos ocasionais. Nesse sistema, as ações individuais devem ser livres, assim como o mercado em si. O conceito de ordem natural foi a base da doutrina do laissez-faire, que defende a não interferência estatal na economia.
Segundo Adam Smith, influenciado pelos fisiocratas, a ordem natural corresponde ao estado da natureza e entra em conflito com uma ordem artificialmente criada pelo homem, principalmente pelo Estado. Essa ordem natural harmonizaria os interesses individuais com os interesses coletivos, corrigindo as distorções nos preços e na produção e promovendo o desenvolvimento geral dos negócios.
É importante ressaltar que a concepção da ordem natural tem sido alvo de críticas e revisões ao longo do tempo, com diferentes correntes econômicas defendendo diferentes graus de intervenção estatal e reconhecendo a importância de políticas econômicas para corrigir falhas de mercado e promover o bem-estar social.